Fonte: Apolo11
Nesta terça-feira, um asteroide de 400 metros de diâmetro passará nas cercanias do nosso planeta. O evento ocorrerá alguns minutos depois do acionamento dos foguetes da sonda Phobos-Grunt, o que tornará a noite do dia 8 de novembro bastante agitada em termos astronômicos.
Batizado de 2005 Yu55, o asteroide foi descoberto em 28 de dezembro de 2005 por Robert McMillan, do programa de observação espacial Spacewatch e desde 2010 tem sido observado e estudado por Mike Nolan, Ellen Howell e outros pesquisadores ligados ao radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico. As imagens de radar mostraram que o objeto é muito escuro e esférico, com cerca de 400 metros de diâmetro.
O momento da máxima aproximação com a Terra será no dia 8 de novembro às 21h28 pelo horário de Brasília, quando deverá chegar a apenas 325 mil km de distância. O objeto também cruzará a órbita lunar às 05h13 do dia seguinte, passando a cerca de 238 mil km de distância do nosso satélite.
Apesar das distâncias de aproximação serem consideradas pequenas em termos astronômicos, não há qualquer chance do objeto se chocar com a Terra ou com a Lua.
2005 YU55 é um objeto diurno o que significa que o momento da máxima aproximação o asteroide estará abaixo do horizonte brasileiro e não será visível no céu noturno e as observações ópticas não são possíveis de serem feitas com telescópios convencionais. O objeto viaja pelo espaço a 13.72 km/s, cerca de 49 mil km/h.
Muito Grande
No entender da cientista Barbara Wilson, ligada ao Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, JPL, não é incomum que asteroides passem perto da Terra, alguns até mais próximos ainda. O que diferencia 2005 YU55 dos demais é seu tamanho. "Nas outras ocasiões em que grandes asteroides passaram tão perto não tínhamos tecnologia e conhecimento para tirar algum proveito do evento. Agora, com mais recursos, a aproximação será uma grande oportunidade para que os instrumentos em terra possam acompanhar e coletar grandes quantidades de dados", disse Wilson.
Em 19 de abril de 2011 a rocha foi acompanhada "de perto" pelo radiotelescópio de Arecibo, instalado em Porto Rico. Na ocasião os cientistas puderam fazer as primeiras imagens do visitante, quando o asteroide estava a 2.3 milhões de quilômetros de distância. No entanto, devido à resolução de apenas 7.5 metros por pixel, as imagens não apresentam grandes detalhes.
"Agora, esperamos obter imagens de 4 metros por pixel de resolução, que serão feitas com auxílio da antena da Rede do Espaço Profundo (Deep Space Network), instalada na Califórnia", disse o radioastrônomo Lance Benner, do JPL. "O asteroide estará sete veze mais perto e as imagens de radar deverão fornecer muito mais detalhes", completou.
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