As obras de duplicação de um trecho de apenas 41 quilômetros da BR-101 Norte, em Pernambuco, já duram seis anos. Atualmente, a pista conta com trechos onde o tráfego é em mão dupla e em que o asfalto está irregular, precisando de recapeamento. Quando o Exército assumiu a obra, em janeiro de 2006, tinha um prazo de três anos para concluir tudo.
A duplicação começa na descida de um viaduto, no município de Igarassu, Região Metropolitana do Recife. A via é uma das principais do estado, contando com tráfico intenso de caminhões. Em um ponto, no quilômetro 39, cavaletes obrigam os motoristas a usarem só uma das faixas no sentido Goiana-Recife. O motivo é a construção de uma parte de uma das pontes que cortam a estrada. “Prejudica bastante a gente, acontece muito acidente aqui”, conta o caminhoneiro George Rodrigues.
Perto do município de Goiana, está um dos principais desvios, onde um grande trecho de barro interrompe a estrada. Em alguns pontos, a duplicação já foi feita, mas a equipe da Globo Nordeste flagrou problemas de segurança, como a falta de uma mureta que impeça os pedestres de cruzarem a via. Em alguns trechos, mesmo com a mureta, pessoas foram flagradas se arriscando a atravessar a BR-101.
Entre os motivos para o atraso, estão duas áreas de Mata Atlântica, cujas licenças, segundo o coronel Osmar Nunes, do 1º Batalhão de Engenharia do Exército, levaram dois anos e meio para serem expedidas, permitindo o início dos trabalhos. “Nós tínhamos também quase toda a faixa de domínio ocupada irregularmente tanto por pessoas, residências, quanto por comércio. E tudo isso teve que ser remanejado”, explica o coronel.
A obra de uma das pontes sobre o rio Goiana é outro ponto que chama a atenção. Ela está interrompida desde a metade do ano passado e, de lá para cá, nada mais foi feito. O Exército diz que a construção será retomada em agosto deste ano.
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