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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Corpo do Assassino é Encontrado na Casa do Mandante do Crime em Itamaracá

Foi preso no final da manhã desta quarta-feira (4), em Itamaracá, Litoral Norte de Pernambuco, o comerciante Paulo Félix de Moura, suspeito de ser o mandante da morte do guardião do Forte Orange, José Amaro de Souza Filho, de 60 anos. Ex-detento, Amaro fazia voluntariamente a vigilância do forte desde década de 80 e foi assassinado em 29 de novembro de 2010. A polícia chegou até Paulo graças a uma denúncia e, ao chegar na casa do suspeito, descobriu que o corpo do homem apontado como executor do crime estava enterrado no quintal. A casa fica na comunidade de Lagoa Azul.

Renato Vieira da Silva, conhecido como Charneca, estava desaparecido havia cerca de dois meses, quando suspeitas sobre o crime começaram a recair sobre ele. De acordo com a família da vítima, que foi ao local e reconheceu o corpo pela roupa que ele usava no dia do desaparecimento, Renato havia sido visto pela última vez, subindo na caminhonete de Paulo, onde estavam diversas ferramentas de escavação.

A exumação do corpo de Renato Vieira será feita esta tarde.

Crime - José Amaro de Souza Filho, de 60 anos, estava dirigindo uma caminhonete, por volta das 18h, do dia 29 de novembro, quando foi alvejado por tiros. Desde que o Forte Orange foi fechado à visitação, em outubro de 2010, José Amaro se dedicava a uma criação de codornas, próxima ao local onde ele foi assassinado. Segundo a família de Amaro, ele estava tentando melhorar sua condição financeira com o empreendimento. "Ele só estava trabalhando. Eu tenho certeza que esse crime tem relação com o novo negócio", contou, na época, a esposa Gilsinele Silva Souza.

Memória - Zé Amaro foi morar no Forte Orange em 1980. Após conseguir uma autorização do Exército para se instalar no local, ele começou o trabalho de recuperação da antiga fortificação. Além de cuidar da limpeza e capinação do prédio, o artista se encarregou de reformar a construção e ainda garantiu que o local não fosse mais alvo de vândalos, usuário de drogas e bandidos.

Entre um conserto e outro, Zé Amaro fazia esculturas, vendidas na Lojinha do Forte. De 1980 e 1993, o pequeno comércio funcionou para sustentar o Forte. Já em 1991, o artista criou a Fundação Forte Orange, com o objetivo de manter e preservar a fortificação.

Mais tarde, em 1994, graças ao artista, Itamaracá ganhou o seu primeiro museu, inaugurado pelo então Embaixador da Holanda Hendrix Van Oordt.

Pernambuco

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