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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Protesto de Vigilantes na Prefeitura de Abreu e Lima

Cerca de quarenta vigilantes realizaram um protesto em frente à Prefeitura de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, na manhã de ontem. O motivo da mobilização foi o atraso no pagamento do salário. De acordo com o sindicato da categoria, os trabalhadores são de uma empresa que prestava serviço à Prefeitura, e que os demitiu sem ao menos pagar três me­ses de salário atrasado. Por isso, eles resolveram parar o trânsito, para, assim, chamar a atenção das autoridades. Segundo o presidente do sindicato, Cassiano Souza, existe firmado entre a empresa terceirizada Jalfort, e o Ministério Público, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que obriga a prefeitura a pagar aos funcionários da terceirizada em caso de atrasos.

De acordo com os vigilantes, todos os funcionários que trabalhavam prestando serviço à prefeitura foram demitidos desde o início deste mês, e nem sequer receberam os salários atrasados, assim como ainda não retiraram o Fundo de Garantia por tempo de Serviço (FGTS), nem seguro desemprego. O vigilante Lucimário José Cajueiro Souza, 39, contou que está passando por dificuldades financeiras e está desesperado por não ter recebido o que tem direito. “Minha situação está horrível. Estou com cartão de crédito, conta de luz, tudo atrasado. E ainda tem as aulas de meu filho que irão voltar e eu não tenho dinheiro para manter com passagens e materiais”, lamentou.

Em nota enviada pela assessoria de comunicação, a Prefeitura de Abreu e Lima esclareceu que mantinha um contrato com a empresa de segurança Jalfort Segurança Ltda desde final de 2006, mas foi rescindido em junho deste ano, depois que o poder executivo constatou que estava acontecendo falhas na segurança. A prefeitura informou que já acordou com a empresa, e só pagará as três últimas parcelas depois de um ajuste de contas para cobrir prejuízos.
Procurada pela reportagem da Folha, a empresa se contrapôs em relação à nota da Prefeitura e justificou que o atraso com os funcionários se deve à falta de pagamento por parte da prefeitura. Ainda de acordo com a empresa, o TAC foi firmado pelo fato de a prefeitura só pagar a cada três meses. E como a prefeitura já reincidiu o contrato e ainda deve uma quantia de R$ 90 mil para a empresa, esta não efetuou o pagamento aos funcionários. Com isso, automaticamente a prefeitura se tornou responsável pelo pagamento.

FolhaPE

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