Uma quadrilha formada por engenheiros esteve na mira de uma operação deflagrada, na manhã de sexta-feria, 20, em Pernambuco. O grupo é acusado de participar de ações fraudulentas em obras públicas, com prejuízos avaliados em até R$ 20 milhões. A operação, denominada Resgate, conta com cerca de 150 agentes e mais de 40 ordens judiciais. A ação é da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União, com apoio da Receita Federal.
Dentre os servidores investigados e que serão afastados da função, estão o superintendente da Funasa em Pernambuco, Alcio Pitt, e o secretário de Obras de Arcoverde, Eduardo Lima. Fiscais de contratos municipais também podem estar envolvidos.
Por cerca de três anos, a polícia investigou os suspeitos, que representavam ao mesmo tempo empresas de engenharia (ou construção civil) e repartições públicas. Servidores municipais que eram coniventes com as ações fraudulentas também foram investigados. A quadrilha atuava no Recife e Paulista, no Grande Recife; Macaparana, Paudalho e São Benedito do Sul, na Zona da Mata; Caruaru, no Agreste; e Arcoverde, no Sertão pernambucano.
As investigações concluíram que os suspeitos participavam de diversas fases de execução de obras públicas no interior pernambucano e exercia influência em órgãos como Funasa e Caixa Econômica Federal. A quadrilha captava recursos públicos e conseguia a aprovação de projetos. Quando as verbas eram repassadas aos municípios, uma parte do grupo elaborava projetos básicos, enquanto a outra parte participava de licitações fraudadas. Na execução das obras, cometiam várias irregularidades, como o superfaturamento nos preços de materiais empregados.
Blog do Magno Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário