A primeira freguesia, formada por grandes propriedades teve sua formação quando as terras de Paratibe foram doadas por Duarte Coelho - donatário da Capitania de Pernambuco - ao seu cunhado Jerônimo de Albuquerque, em meados do Séc. XVI, por seus serviços prestados à Colônia.
Em 1555 Jerônimo de Albuquerque doou aquelas terras ao Português Gonçalo Mendes Leitão, quando este se casou com sua filha D. Antonieta de Albuquerque, que iniciou ali uma povoação neste mesmo ano, construindo um engenho de água com o nome de Paratibe; uma Capela dedicada a Santo Antônio, um sobrado para sua residência, além de muitas outras obras indispensáveis para um estabelecimento agrícola de semelhante natureza. Posteriormente com a morte de Gonçalo Mendes Leitão, todas as terras de Paratibe foram vendidas pelos herdeiros, dividindo assim aquelas terras em Paratibe de Cima e Paratibe de Baixo.
A segunda freguesia também fazia parte da grande sesmaria doada por Duarte Coelho a Jerônimo de Albuquerque, sendo adquirida por João Fernandes Vieira no ano de 1656 que mandou construir uma capela votiva a Nossa Senhora dos Prazeres, a Casa Paroquial e um Sobrado para sua residência, iniciando assim uma povoação naquele local.
Posteriormente, em 1698, o Engenho de Paratibe de Baixo e toda propriedade de Maranguape foi vendida ao mestre de campo Manoel Alves Morais Navarro, natural da Capitania de São Paulo de onde viera comandando um terço da primeira linha dos Palmares, passando assim a propriedade a ser conhecida como Engenho do Paulista, dando origem ao atual nome da cidade: Paulista.
No período de 1710 a 1715, foi criada a freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres de Maranguape que passou a integrar as outras freguesias da jurisdição política de Olinda, tendo, em 1838, 4.978 habitantes. A chegada da República, em nada modificou a situação político-administrativa de Paulista, que foi conservada Vila integrando a jurisdição de Olinda de quem dependia economicamente.
O fortalecimento político-econômico da Região se dá por volta de 1904, quando a Família Lundgren compra a maior parte das ações de uma fábrica têxtil já existente no local de propriedade de Rodrigues Lima. Isto aliado à ascensão dos membros da família a cargos políticos.
Em 15/11/1913, Artur Herman Lundgren foi eleito Prefeito de Olinda e em 1919, também foi eleito Alberto Lundgren. O fato de dois membros da família terem assumido quase que continuadamente o comando do Município, evidencia a força total daquela família. Em 1930 foram empreendidas gestões no sentido de dar autonomia ao Município, mas com a revolução isto não foi possível, voltando o município a sua posição de vila.
O desmembramento de Paulista do município de Olinda só se deu na gestão do Prefeito Walfrido Advíncula no dia 04 de setembro de 1935 e em 1937 o Sr. Manoel Mendes de Bezerra assumia o cargo de Prefeito Constitucional do Município do Paulista.
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