As cerca de sete mil pessoas que moram em Boca da Mata, uma comunidade localizada em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, aprenderam a ser verdadeiros “equilibristas”. Isso porque três pontes que há na comunidade, situada no bairro de Caetés III e cortada pelo rio Timbó, não oferecem condições de segurança para os moradores passarem por elas.
Diariamente, os moradores precisam ter atenção para atravessar a passarela improvisada de madeira sobre o rio Timbó. “Nós estamos há mais de sete anos nessa situação. A prefeitura vem, tira foto e olha, mas não faz nada. As crianças, quando vão para a escola, e os deficientes visuais não têm condições nenhuma de passar por aqui [pela ponte]”, diz a moradora Maria de Fátima da Silva.
A copeira Jaqueline Nascimento diz que, apesar de a ponte não oferecer segurança alguma, é o principal caminho utilizado pelos moradores. “Para tudo, a gente só usa esse caminho. Não tem outro do outro lado. Quando chove e cobre tudo é que a gente não passa mesmo. Não vai trabalhar, não sai para canto nenhum. Fica só dentro de casa”, conta.
A ponte de madeira fica na 3ª travessa da rua 40, e é um perigo para todos os moradores, principalmente para quem tem problemas de saúde. As pessoas caminham 200 metros e atravessam o rio Timbó por outra ponte, a que fica na 4ª travessa. O problema é que, no local, o acesso também está comprometido: a base está rachada, uma situação que deixa os moradores sem paciência.
“Minha casa é do outro lado e o único jeito é vir por aqui [pela ponte], pois não tem outro canto”, diz a dona de casa Vaneide Campos.
Há uma terceira ponte na comunidade que também tem problemas, a que fica na 2ª travessa da rua 40. Os moradores disseram que essa ponte foi construída há três anos, mas o muro de arrimo cedeu e a base não tem mais sustentação.
A comunidade nunca teve uma ponte de cimento e, há 20 dias, a de madeira caiu. Depois disso, os moradores conseguiram o material de construção, mas a Prefeitura de Abreu e Lima impediu que eles fizessem a obra.
“Faz sete anos que a gente está sofrendo com essa ponte de madeira e vem pedindo [ajuda] a prefeitura. Depois que a ponte caiu com a enchente que teve, há 20 dias, a prefeitura só veio uma vez. Fiz uma cobrança e eles disseram que iam mandar um marceneiro para fazer uma ponte de madeira provisoriamente, mas até hoje nada. Agora, temos todo o material que um empresário doou para a comunidade, temos cimento, areia, ferragem, tudo e mão de obra da comunidade. Eu ainda fui na prefeitura e pedi a um engenheiro para orientar a comunidade. Eles não fazem nem deixam a gente fazer. Está o material todo empacado, pois faz 15 dias que paramos de fazer. Fizemos duas colunas e não podemos fazer mais nada”, afirma o mecânico André Targino.
“Estamos nessa situação, esperando a boa vontade da prefeitura que venha fazer alguma coisa por esse povo”, reclama outra moradora do local.
Resposta da Prefeitura
A secretária de Obras e Defesa Civil de Abreu e Lima, Ceci França, explica por que a Prefeitura de Abreu e Lima impediu a construção que os moradores queriam realizar. “Nós não podemos liberar uma construção que não tem licença, não tem aprovação do Crea [Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia] nem do próprio CPRH [Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos], como se trata de um leito de um rio. Então não podemos autorizar essa obra”, afirma.
Ceci França rebate as acusações dos moradores de que a prefeitura não está os ajudando nesse problema. “Não é verdade. Estamos acompanhando desde a derrubada da ponte, que era provisória, com uma equipe em cima disso. Tem um engenheiro e uma empresa já fazendo os cálculos. Aquela ponte não é simples e, com o material que eles [os moradores] têm, não vai ser compatível com a segurança que precisa”, diz.
A secretária dá um prazo para a construção da ponte provisória de madeira na comunidade e para o início das obras de reforma nas outras duas pontes que há na área. “A [ponte] de madeira, que é provisória, até 31 de agosto, estaremos deixando ela pronta, no local. E, até o dia 30 de dezembro, estaremos começando a obra [nas outras duas pontes]”, diz Ceci França.
Diariamente, os moradores precisam ter atenção para atravessar a passarela improvisada de madeira sobre o rio Timbó. “Nós estamos há mais de sete anos nessa situação. A prefeitura vem, tira foto e olha, mas não faz nada. As crianças, quando vão para a escola, e os deficientes visuais não têm condições nenhuma de passar por aqui [pela ponte]”, diz a moradora Maria de Fátima da Silva.
A copeira Jaqueline Nascimento diz que, apesar de a ponte não oferecer segurança alguma, é o principal caminho utilizado pelos moradores. “Para tudo, a gente só usa esse caminho. Não tem outro do outro lado. Quando chove e cobre tudo é que a gente não passa mesmo. Não vai trabalhar, não sai para canto nenhum. Fica só dentro de casa”, conta.
A ponte de madeira fica na 3ª travessa da rua 40, e é um perigo para todos os moradores, principalmente para quem tem problemas de saúde. As pessoas caminham 200 metros e atravessam o rio Timbó por outra ponte, a que fica na 4ª travessa. O problema é que, no local, o acesso também está comprometido: a base está rachada, uma situação que deixa os moradores sem paciência.
“Minha casa é do outro lado e o único jeito é vir por aqui [pela ponte], pois não tem outro canto”, diz a dona de casa Vaneide Campos.
Há uma terceira ponte na comunidade que também tem problemas, a que fica na 2ª travessa da rua 40. Os moradores disseram que essa ponte foi construída há três anos, mas o muro de arrimo cedeu e a base não tem mais sustentação.
A comunidade nunca teve uma ponte de cimento e, há 20 dias, a de madeira caiu. Depois disso, os moradores conseguiram o material de construção, mas a Prefeitura de Abreu e Lima impediu que eles fizessem a obra.
“Faz sete anos que a gente está sofrendo com essa ponte de madeira e vem pedindo [ajuda] a prefeitura. Depois que a ponte caiu com a enchente que teve, há 20 dias, a prefeitura só veio uma vez. Fiz uma cobrança e eles disseram que iam mandar um marceneiro para fazer uma ponte de madeira provisoriamente, mas até hoje nada. Agora, temos todo o material que um empresário doou para a comunidade, temos cimento, areia, ferragem, tudo e mão de obra da comunidade. Eu ainda fui na prefeitura e pedi a um engenheiro para orientar a comunidade. Eles não fazem nem deixam a gente fazer. Está o material todo empacado, pois faz 15 dias que paramos de fazer. Fizemos duas colunas e não podemos fazer mais nada”, afirma o mecânico André Targino.
“Estamos nessa situação, esperando a boa vontade da prefeitura que venha fazer alguma coisa por esse povo”, reclama outra moradora do local.
Resposta da Prefeitura
A secretária de Obras e Defesa Civil de Abreu e Lima, Ceci França, explica por que a Prefeitura de Abreu e Lima impediu a construção que os moradores queriam realizar. “Nós não podemos liberar uma construção que não tem licença, não tem aprovação do Crea [Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia] nem do próprio CPRH [Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos], como se trata de um leito de um rio. Então não podemos autorizar essa obra”, afirma.
Ceci França rebate as acusações dos moradores de que a prefeitura não está os ajudando nesse problema. “Não é verdade. Estamos acompanhando desde a derrubada da ponte, que era provisória, com uma equipe em cima disso. Tem um engenheiro e uma empresa já fazendo os cálculos. Aquela ponte não é simples e, com o material que eles [os moradores] têm, não vai ser compatível com a segurança que precisa”, diz.
A secretária dá um prazo para a construção da ponte provisória de madeira na comunidade e para o início das obras de reforma nas outras duas pontes que há na área. “A [ponte] de madeira, que é provisória, até 31 de agosto, estaremos deixando ela pronta, no local. E, até o dia 30 de dezembro, estaremos começando a obra [nas outras duas pontes]”, diz Ceci França.
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