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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Moradores Fazem Protesto em Favor do Forte Orange


Uma ação a favor da preservação e reabertura do Forte Orange, na Ilha de Itamaracá, Litoral Norte de Pernambuco, reunirá a partir das 9h desta terça-feira (9) comerciantes e moradores da região, que não se conformam com o abandono do monumento histórico. Grupos de capoeira, coco de roda, ciranda e de teatro vão participar do manifesto, com cartazes e carros de som com o intuito de voltar a atenção do poder público e da sociedade, no geral, para o descaso que se instala no Forte.

José Amaro Filho, ou o "Guardião do Forte" como era conhecido, morreu aos 60 anos em 2010 na Vila Velha, em Itamaracá. Ele recebeu o apelido na década de 80 quando começou a cuidar sozinho e voluntariamente do Forte Orange. "Em 1990 ele pagou a promessa de ficar 1 ano acorrentado no Forte na tentativa de que o ato resultasse na valorização do lugar", diz Sol Esoje, 29 anos, filho de seu José Amaro.

De acordo com Sol, sem intervenção do Iphan - órgão responsável pela manutenção do Forte Orange - seu pai iniciou um trabalho de preservação que teve continuidade até os últimos dias de sua vida. "O Forte está fechado há 1 ano e se encontra completamente desvalorizado. É um absurdo ver um retalho importante da história desta forma", expressou Sol, complementando que em homenagem ao pai também ficará acorrentado 'durante o tempo que for necessário' no Forte, até que o Iphan coloque em prática um projeto de revitalização.

FORTE ORANGE - Localizado na entrada sul do canal de Santa Cruz, na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte de Pernambuco, o Forte Orange foi construído logo após a invasão dos holandeses, em 1631, na Ilha, com projeto do engenheiro Pieter Van Bueren. No final do século XVII, já ocupado pelos portugueses, o Orange passou a ser chamado Fortaleza de Santa Cruz.

Construído inicialmente em taipa de pilão, em princípio do século XVIII, foi revestido em pedra e cal por engenheiros portugueses, conservando, porém, o traçado holandês original, com seus quatro baluartes. Nessa época, ganhou também o portão de entrada com brasão português.

O Forte tem uma localização privilegiada - à beira-mar, em frente à Coroa do Avião -, e também um museu com fragmentos arqueológicos encontrados em escavações e painéis com reproduções de mapas e plantas da época.


JC Online

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